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2ª Cabo Verde -> Brasil

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4ª Argentina - Cabo Horn (Chile)

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6ª Puerto Montt (Chile) - Ilha de Pascoa

7ª Ilha Páscoa - Polinésia Francesa

 

Algures no Pacífico Sul
10 Abril de 2008

     
     

O Oceano Pacífico situa-se entre a Austrália a Oeste e o Continente Americano a Leste. Sendo o maior de todos os Oceanos deste nosso Mundo, estende-se, também, para Norte e Sul até às águas geladas do Árctico e da Antártida. Lá para Sul, onde o Hemingway navegou, é tudo menos pacífico! Por lá passam, de Oeste para Leste, baixas pressões e respectivas frentes que, quase sempre, com ventos fortes, mar bastante agitado e ondulação alta, chuvas intensas e constantes, nevoas, neve e granizo, fazem daquelas paragens um dos locais, ou talvez o local, de mais difícil navegação deste nosso Planeta. Passado que foi o Cabo da ilha de Hornos, o Hemingway, conforme previsto, teve que se defrontar com as mais duras condições de navegação. Passamos pela Patagónia, vimos o Mundo tal como ele era há milhões de anos. Encontramos pescadores que me ofertaram mariscos. Recebemos as boas vindas e amizade de ilhéus ou de outros que por aquelas paragens sabem o quanto vale um simples ' bom dia seja bem-vindo'.
Agora, navegamos neste pacífico Oceano, com os alísios, de dia com este Sol que sempre aparece neste mar lá para Leste, e 'mergulha' para Oeste, de vez em quando com a presença de alguma ave do paraíso (certamente perdida na imensidão). À noite, por companheira, temos a Lua (quando há) e milhares de estrelas. À superfície poucos peixes voadores, assustados com a presença deste 'intruso' fogem pelo ar como se, na verdade, por momentos pudessem escapar a algum voraz predador. Mais abaixo, nas profundezas quantos dilemas de vida e de morte? Sim, de vida e de morte porque neste meio não há lugar para os fracos, ou se quisermos, os menos bons servem sempre de alimento aos mais fortes, e assim segue a vida onde tudo se transforma.
Na verdade, e por incrível que me possa parecer, desde a costa Chilena que não pesco um peixe, à excepção daqueles que apanhei junto à Ilha de Sala e Gomez. Este Pacífico, sem peixe, sem aves, sem toninhas ou outros golfinhos, depredado pelas redes dos  arcadores ou de emalhar de deriva, urge que se tomem medidas de protecção aos tunideos e outras espécies (golfinhos e outros) que se adoptem medidas enérgicas sancionatórias da pesca ilegal e daquelas que, nestes últimos anos, contribuiram para esta autêntica desgraça. Onde estão, ou melhor, onde estiveram aqueles que impuseram observadores a bordo das traineiras Açorianas da pesca do atum? Como pescador, ainda não decidi o que farei com algum atum que por ventura fique preso numa das linhas que há milhares de milhas levo de currico sem nada apanhar. Será que o apanho e como ou o devolvo ao Pacifico?
A bordo do Hemingway, algures no Pacifico Sul.
Genuíno Madruga


 

   
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