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6ª Puerto Montt (Chile) - Ilha de Pascoa

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Timor
Agosto 2008

     
     

Ao amanhecer do dia 11 de Agosto encontrava-me à vista de Terra, a  cerca de 5 milhas a NE da Estátua do Cristo Rei, que se situa num  monte a entrada da baia de Dili.
Ao aproximar-me de terra Timorense, e conforme combinado, surgiu a  lancha da GNR transportando jornalistas, entre os quais o Pedro  Valador, da RTP. Trocadas as primeiras saudações, navegando com bom  tempo, em mar calmo, o Hemingway percorreu as últimas milhas com  destino ao porto de Dili, onde ancorou por volta das 9 horas em frente  a praia.
Em terra diversas Entidades civis e militares, entre as quais o senhor  Embaixador de Portugal, Doutor João Ramos Pinto, que a frente de um  grupo de Portugueses empunhava a bandeira Nacional. Também lá estava o  senhor Presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, o qual me  entregou uma bandeira do respectivo Município, assim como uma  importante representação dos Escuteiros Timorenses e representantes da  cooperação Portuguesa civis e militares.
Após breves palavras de boas vindas, expressas por muitos dos  presentes, teve lugar a entrega de um THAI, que assim simboliza a  fraternidade do Povo Timorense. De seguida, acompanhado pelo Pedro  Valador, fui aos diversos departamentos Governamentais a fim de  regulalizar minha entrada e do Hemingway na Nação Timorense. Durante  os poucos dias que estive em Timor, devo salientar o acompanhamento  que tive por parte da nossa Embaixada, do Jornalista da RTP Pedro  Valador, assim como do Antonio Pedro Rodrigues. Vi e vivi um pouco do  Timor que, agora, aos poucos renasce das cinzas! Falei com pescadores  e responsáveis Governamentais, nomeadamente Senhor Ministro da  Agricultura e Pescas, senhores Secretários de Estado das Pescas e da  Cultura, pelos quais sempre fui recebido com a maior deferência.
Em Dili visitei o aquartelamento da GNR, cujas instalações foram  inteiramente recuperadas pela própria GNR.
Na residência oficial do Senhor Embaixador, em recepção que este  ofereceu em minha honra, recebi os cumprimentos de Embaixadores de  diversos Países e organizações que trabalham em Timor (ONU IOM), tendo 
mesmo o Embaixador de Cuba manifestado muito interesse na minha  viagem, inclusive convidando-me a passar por Cuba. Da Senhora  Embaixadora da Nova Zelândia tambem recebi maiores saudações, assim  como do Senhor Embaixador da China e da Indonésia. No final, e após  algumas palavras proferidas pelo Senhor Doutor Joao Pinto, agradeci  num discurso breve, fazendo entrega de um livro com paisagens dos  Açores, assim como a bandeira da Região Autónoma dos Açores. Pela  chanceler da nossa Embaixada, Doutora Maria de Fatima foram os  presentes obsequiados com canções do folclore Açoriano. Neste pouco  tempo da minha passagem por Timor fiquei com uma visão mais clara a  cerca da real situação deste País. Em Timor sempre me senti na mais  completa segurança, quer na cidade de Dili, quer mais pelo interior  quando vi os campos de arroz, as plantações de café e do cravinho. Por  todo o lado encontrei boa gente que com muitas dificuldades sobrevivem  na esperança de melhores dias. Visitei o cemitério de Santa Cruz, que  tal como sabemos foi palco de uma das maiores atrocidades que este  Povo sofreu. Estive, também, no Museu da Resistência. Timor tem  óptimas condições para, no contexto das Nações vizinhas e Mundiais, se  tornar um importante polo de atracção turística; tem importantes  recursos, a principiar pelo seu Povo, pelo clima, pelo mar que  conserva uma importante flora e fauna marinha e tem petróleo! As carências são inúmeras, mas com o apoio manifesto de Países como  Portugal, Cuba, Nova Zelândia, Austrália e outros certamente que a  situação irá se inverter, transformando Timor num País próspero e rico.
Em Timor fui recebido por Sua Excelência, o Chefe de Estado e prémio  Nobel da Paz, Doutor José Ramos Horta, que fez questão de vir a bordo  do Hemingway, inteirando-se, assim, das condições em que navego a  volta do Mundo neste pequeno veleiro, o qual, pela primeira vez,  aportou a Dili com seu único tripulante Português. Sua Excelência  ofereceu-me um terço que a irmã Lúcia (uma das videntes de Fátima) lhe  havia oferecido. Assim, com todo o simbolismo, o Hemingway transporta  esta relíquia que irá passar meio Mundo até chegar as ilhas Açores, 
pelo Espírito Santo de 2009.
Dia 20 de Agosto, pelas 15h locais  levantei ferro, partindo com destino a Bali. A bordo, e até a saída do Porto de Dili, seguiam Sua Excelência Doutor José Ramos Horta, o  Embaixador João Ramos Pinto, o Pedro Valador e outro jornalista, um  importante representante da FRETILIN e o Antonio Pedro Rodrigues. A  guarda de honra coube as duas lanchas patrulhas da marinha Timorense,  oferecidas por Portugal. Os meus passageiros de momento foram  transportados para terra pela lancha da GNR.
Desta memorável passagem por Timor guardo as melhores recordações,  esperando um dia voltar!
Que por Timor soprem ventos de Paz, de Liberdade, de democracia e de  prosperidade para seu Povo.

VIVA TIMOR LIVRE E INDEPENDENTE!

Desde Oceano Índico, navegando entre Timor e Bali.

Genuíno Madruga

 

   
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